sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Somos Todos Corruptos?


O texto de hoje começa com uma provocação. 

Somos todos corruptos? 


Essa é uma pergunta que mexe com o ego de cada indivíduo, afinal, ninguém ser equiparado à políticos ladrões e à escândalos de corrupção, parece que o problema sempre está no outro.

É um questionamento que leva à uma reflexão no íntimo de cada leitor, peço que, você que está lendo, reflita se faz ou já fez algo que pode ser considerado como corrupção. 

Dizer que todos somos corruptos, em primeira análise parece uma generalização, e isso tende a trazer informações equivocadas. Entretanto, como você lerá no decorrer deste texto, é uma frase que esconde muito conteúdo. 

Mas será que a crise política atual não encontra culpados fora do senado, da presidência e da câmara de deputados?


Me acompanhe nesta reflexão crítica sobre a sociedade brasileira. Vamos lá!

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O tema corrupção vem sendo um tema cada vez mais em voga atualmente, protestos e manifestações populares vem se tornando cada vez mais populares e frequentes, e o motivo disso é até óbvio: o povo está cansado de roubalheira, de corrupção e descaso com as necessidades básicas da população. 

É certo também a ligação entre a ineficiência da administração pública e a corrupção, o dinheiro retirado pelo corruptos é o mesmo que falta em escolas, hospitais, delegacias, etc.

Esses textos possuem temática semelhante, confira:

Comportamento Humano e Sociedade
Ação Humana: como funcionamos



O gigante acordou? Essa frase ficou famoso como um lema dos protestos e manifestações como o #vemprarua. Será que o brasileiro realmente acordou? Confesso que a consciência política teve, recentemente, grandes avanços, mas me parece que o gigante ainda está meio sonolento. 

Eu explico. 

O povo foi à rua pedir que o político fulano fosse preso, ou que tal medida fosse tomada. Mas a consciência política brasileira  não está tão amadurecida no nível de países como Suécia e Islândia, que possuem taxas de corrupção quase zero. 

A diferença vem, principalmente, da cultura. No países acima citados, o povo vai além de cobrar a eficiência do governo, há acima de tudo uma cobrança de si mesmo e do próximo. 

Os atos de corrupção não são somente o desvio de dinheiro ou a troca de influência, está no fatos comuns como:

  • Jogar papel no chão, furar a fila; colar na prova; desrespeitar regras de trânsito; e muitos outros pequenos detalhes do cotidiano.  
  • Ocorre, portanto, uma certa hipocrisia em cobrar um nível de ética elevado das lideranças governamentais do qual o próprio povo não possui. 

E, a consciência política elevada, vai muito além, é mais do que cada indivíduo fazer o certo e evitar o errado. Consiste na fiscalização do próximo, ou seja, verificar se seu colega, amigo, vizinho ou conhecido está agindo de forma correta e ética.


Reconheço que é uma conduta, de certa forma, incompatível com a cultura brasileira, no ponto que as crianças são incentivadas a serem amigáveis com aquele que faz algo dito como errado, em troca de serem aceitas em determinado grupo social, é comum frases como: "ninguém gosta de um dedo-duro".

Será que determinados aspectos da cultura não devem serem eliminados em prol do bem maior? Quando se fala em bem maior leia interesse comum da sociedade, não concorda que se determinada conduta entra em conflito com a finalidade da sociedade esta deve ser eliminada? 

Podemos analisar a temática deste texto através da obra Contrato Social de Jean-Jacques Rousseau, em especial a frase: "que em cada camarada haja um fiscal; e que em cada fiscal haja um camarada". Isto é, o controle sobre as ações do homem não é função exclusiva do Estado, mas sim, faz parte da cidadania.

CIDADANIA, esta palavra, em níveis de Brasil, somente é lembrada em tempos de eleição e grandes escândalos políticos, porém, é uma palavra que deveria começar a ser usada de forma mais frequente no cotidiano.

Se você sabe que a empresa de seu vizinho sonega imposto não seria ético da sua parte denuncia-lo? Ou, se você tem viu que o caixa da padaria faz um "caixa 2" com as moedas de troco não deveria informar o dono da padaria?  Ou, chamar a guarda de trânsito se viu alguém, que não é deficiente ou idoso, usar a vaga de estacionamento especial?

Concluindo, o significado da corrupção revela muita coisa: decomposição; deterioração; putrefação. Portanto, ser corrupto significa não cumprir devidamente seu papel como cidadão, e como não há um espírito de cidadania construído de forma madura, pode se afirmar que, sim, somos TODOS CORRUPTOS. 

Reconheço, claro, o fim da corrupção é uma longa caminhada, é um questão de educação, é importante incentivar boas condutas, e isso, acontece em casa, como esta geração é a mais ativa politicamente é natural que haja uma melhora no exercício da cidadania. Talvez, o fim da corrupção seja uma utopia, mas a luta continua.

A sua opinião é importante, o objetivo deste texto como do blog é justamente este, debater e compartilhar conhecimento. Como você responde as perguntas, acredita que somos todos corruptos?

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