sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Filme com Filosofia #3 Religião das Máquinas




Aprender, praticar o desenvolvimento pessoal é sempre muito interessante e útil, mas muitas vezes pode ser um processo longo e cansativa, ainda mais quando se fala de filosofia, filmes são um bom jeito de adquirir conhecimento e trazer uma bela discussão. 

Filmes com Filosofia é uma série do Ágora com esta ideia, possibilitar a discussão filosófica através de um meio mais leve, mas não menos profundo, portanto, dá-se aqui algumas sugestões de filmes com uma boa carga de reflexão, aqueles filmes que te deixam com uma "pulga" na orelha. 

Veja a série completa: 


O filme de hoje é Ex Machina, um filme sobre inteligência artificial, dirigido por Alex Garland (Autor de The Beach), definitivamente este não é um filme Blockbuster, não espere muita ação ou efeitos especiais ensurdecedores, mas pode esperar muita reflexão e um final assustador

Veja o trailer: 


Ex Machina é sobre uma inteligência artificial com livre acesso ao "google" (no filme é dado um nome fictício, mas as características são típicas desta ferramenta), imagine um robô altamente tecnológico com acesso a Big Data, isto é informação ilimitada sobre todos e tudo. Some isso a uma capacidade de aprendizado, habilidade de sedução e capacidade de mentir, lembrou de algum filme de terror? Pois é, é quase isso.

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Seguindo a linha de Blade Runner, Chappie, Ela, A.I, 2001, o filme trabalha com o sonho que quase todos nós temos em relação à tecnologia, principalmente aqueles que como eu são liberais, o progresso tecnológico em níveis quânticos, a tecnologia é uma aliada do homem, é natural que se deseje cada vez mais avanços, mas sempre há de se tomar cuidado para que não se cause prejuízos. 



O robô, com um corpo sedutor de uma jovem, passa, no filme, pelo Teste de Turing, uma prova elaborada por Alan Turing feita para analisar se a inteligência artificial possui de fato consciência humana ou se apenas está fingindo ter uma, certamente algo bem complexo. 

O jovem programador Caleb Smith, interpretado por Domnhall Gleeson, é levado a uma casa afastada e isolada da civilização, que é praticamente um bunker para ser a parte humana do Teste de Turing, logo, percebe que o trabalho que lhe foi concedido está em um nível de complexidade e estranheza muito além do imaginado. 

Inicialmente Caleb procura por traços emotivos na inteligência artificial, mas aos poucos isto se demonstra desnecessária a sua busca, com uma forte influência nietscheiana o filme nos mostra que uma consciência voltada a sentimentos e emoções seria uma exclusividade humana, e que cheia de vontade de potência a inteligência artificial estaria livre de emoções, sentimentos e impulsos morais. 



De fato, esta vida artificial seria algo além do humano, somente se importando com a própria existência, além do bem e do mal, nenhum freio moral, comum à humanidade lhe impediria para viver sua existência em potência máxima, que se somada a uma BIG DATA, pode ser de proporções infinitas. 

Diante de um ser assim seriamos seres primitivos e atrasados, este I.A nos veria como mero ratos insignificantes, logo, não excitaria em eliminar uma vida se necessário a concretização de seu objetivo. Legal, né, mas isso tudo é ficção que nunca vai sair do campo fictício, claro, com certeza, veja essa notícia: revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/11/robo-sophia-afirma-que-deseja-ter-filhos-e-constituir-uma-familia.html

Ora, não é muita difícil imaginar que um robô com acesso instantâneo a todo o conhecimento da humanidade será capaz de superar um simples humano, agora quanto se devemos, como humanidade, impor freios à ciência e à tecnologia fica para outra discussão. 

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